– Quem é você?
– Sou o João.
– Conheci muitos Joãos, tão diferentes Joãos. Receio que o seu nome não me diga nada sobre quem é você. O que você é?
– Sou confeiteiro.
– O que te define é a tua profissão? Ou seria ela quem nasce da tua definição? Por que não te definem os seus hobbies, suas paixões, seus medos ou suas frustrações?
– Ora, é assim que todo mundo faz. Todos são o que são as suas ocupações. Um é pedreiro, outro é engenheiro, outro é estudante, outro é desempregado, é assim que as coisas são. Talvez você devesse me perguntar “o que é você?”. É diferente de “o que você é?”.
– Você me parece esperto demais para um confeiteiro.
– Você está julgando o que sou, ou o que eu deveria ser, pela minha profissão?
– É, acho que sim. Não é assim que todo mundo faz?
– É, acho que sim. Mas, me diz, então, e você o que é?
– Eu sou qualquer coisa sem par neste mundo.
Foda.. muito foda!
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