Chico Buarque de Holanda

"Mesmo que os cantores sejam falsos como eu/ Serão bonitas, não importa/ São bonitas as canções/ Mesmo miseráveis os poetas/ Os seus versos serão bons"

O Tronco Encantado

Um conto de fadas pensado palavra por palavra. Cinco palavras por verso, sem rima. Uma história encantadora para quem sabe ler nas entrelinhas, escrita por Beatriz Verzolla, Cristiano de Oliveira e Marcelo Yamamoto, em 18/07/2010. Boa leitura!


"Era uma vez, um camponês
que estava procurando uma terra
em um reino bem distante.
Ele era um bravo aventureiro,
nem imaginava os perigos futuros.
Um dia, chegando perto do
reino distante do rei Adamastor,
esteve pensando na conversa que
teve ontem, antes de sair,
com sua linda irmã Sofia,
herdeira do reino Acheropita Papazone.
Os dois conversaram por horas,
e ela o preveniu dos
perigos que rei Adamastor oferecia
O camponês ficou muito preocupado,
mas, nem por isso temeroso.
Adegesto Pataca deixou de rumar
e parou um instante, pensativo,
e concluiu que era preciso
um cavalo e um amigo
para continuar sua longa jornada
até o seu poderoso inimigo.

Já cansado, mas, valente, busca
um abrigo seguro para dormir
na hostil terra estrangeira, onde
a escuridão envolvia seu ser.
No dia seguinte, ao amanhecer,
prosseguiu sua caminhada, mas, antes,
em sua confusa mente, viu
que havia esquecido sua espada.
Bravo, não pensou duas vezes:
olhou em volta e avistou
um robusto tronco de árvore,
onde morava um feiticeiro amigo.
Com sua magia, o mandou
diretamente ao reino de Adamastor,
sob a condição de que
levantasse o robusto tronco com
suas próprias mãos de camponês.
O rapaz, prontamente, se posicionou
e, com toda sua sabedoria
e com muito esforço, conseguiu
o que ninguém jamais pôde.
O feiticeiro ficou muito surpreso:
Adegesto Pataca erguera o tronco!
E seu segredo, ninguém soube,
apenas Romixinaide, o bondoso feiticeiro.

Quando finalmente chegou ao reino,
todos queriam saber quem era
aquele que levantara O TRONCO.
Adegesto foi aclamado como herói.
O rei, ao saber disso,
entregou a Safira Azul Esverdeada,
como forma de retribuição pelo
grande feito que salvara a
sua filha do robusto tronco
que a aprisionava há anos,
pela maldição da velha bruxa.
Raphzia Latiff a trancou, pois
tinha inveja de sua beleza.

O rei, então, prometeu casar
Apurinã com o bravo camponês
que a libertou do confinamento.
E a bruxa foi lançada
para um local onde havia
um robusto tronco, semelhante ao
que aprisionara a linda princesa.
O reino ficou em festa.
Finalmente, a temida bruxa acabou
aprisionada, deixando tranqüilo o reino.
Assim, todos viveram em paz
no reino encantado de Jumelândia.”

3 comentários:

  1. hahahahaha!
    Não, vc não fez isso com a gente, não acredito! rsrs

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  2. vcs devem ter se divertido muito escrevendo essa história! hehehe.

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