A geladeira vazia. As mãos atadas. À noite, o medo do dia. E o
dia aguarda, espreita, enfada. E eu, um nada. Os pensamentos
vão... vãos, na noite fechada. Os olhos molhados. Coração
apertado. Estômago apertado. Cobertor rasgado. O frio. O bolso
vazio. Cobranças. A espera por mudanças. As pernas atadas.
Sonhos no chão. Vida distante, afastada. Já a morte, não. A
burrice. A corrida para outra realidade. Como quem visse, ali à
frente, o fim da necessidade. Mente afoita. Corpo cansado. Vida
que açoita e pisa um desgraçado. Chego a crer que vivo, até
fechar os olhos, indeciso. E, sempre ativo, finjo dormir na paz de
que preciso.
Do kralho, viu!
ResponderExcluirEra disso que vc estava me falando dia desses, né... Beijo!
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